Caro destinatário,

O Imperador Heirich, o Único, de Herya, envia-vos este telegrama, ao mesmo tempo que o recebem as outras duas nações de entre o grupo de Lusitanialand, Caxina e Kukinalia.

A grandiosa nação de Herya insta este grupo de nações a encontrarem-se em Jawadeen, capital heryae, ou numa nação aliada e desinteressada da região, como Arquipelago da Coruja. O propósito é apenas um: uma aliança militar e comercial pelo controlo da navegação no rio Mondego e Douro.

Como pode ser do vosso conhecimento, Caxina dá já permissão a embarcações heryae para estas atracarem nos seus portos, mas tal requer que estas sejam abastecidas ou com recursos da nação anfitriã, que sempre os forneceu gentilmente, ou com recursos de Herya, os quais são transportados desde longe, de modo a evitarem taxas, o que, no entanto, gasta combustível e é perigoso, uma vez que exige a contornação dos picos galegos.

Os pontos de debate que requeremos são os seguintes:

• Caxina e Kukinalia manterão as entradas do Douro seguras e a passagem livre para embarcações civis e militares de Herya, assim como de cada uma delas para a outra. Será também necessário manter uma dissuasão militar conjunta para outras nações com costa no Douro, ou tribos pesqueiras/piratas, que possam ficar tentadas a atacar embarcações heryae que se deslocam pelo rio, pensando que a ameaça do seu poderio militar está longínqua;

• Lusitanialand permitirá a passagem de embarcações civis e militares heryae pela foz do Mondego, rio o qual nasce em Herya. Isto é necessário, pois facilita o comércio de Herya com a região de Lisboa, sem ter de recorrer aos caminhos-de-ferro que, fora de território heryae, estão em estado absolutamente degradado, na região do centro e em terra-de-ninguém. Do mesmo modo, e para manter boas relações comerciais com a sua nação aliada de Caxina, a mesma cortesia deverá ser mantida por Lusitanialand às embarcações civis de Caxina;

• Herya comprometer-se-á em não construir infraestrutura hidroelétrica adicional ao longo do Mondego, quer em terreno heryae quer em terra-de-ninguém, de modo a não colocar em risco necessidades hídricas ou energéticas de Lusitanialand;

• Lusitanialand e Herya terão uma aliança militar contra as tribos do território pouco civilizado que os separa, o que inclui auxilio e não hostilidade para embarcações militares que subam ou desçam o Mondego de modo a partulhar o seu leito e a responder a incursões das tribos que possam querer atacar e transpor as fronteiras de qualquer uma destas duas nações;

• Caxina e Herya continuarão a permitir mútuo porto seguro e livre de taxa às embarcações civis e militares uma da outra;

• Diminuição ou abolição de taxas de importação para produtos importados via mar ou rio, dando às nações de Kukinalia e Lusitanialand acesso ao extenso mercado de Herya, para os seus produtos. Caxina já usufrui de uma relação comercial ainda mais vantajosa.

Outros pontos de agenda podem ser tidos em conta, se houver aviso prévio para todas as partes. Outras nações poderão ainda ser adicionadas às conversações, ainda que não sejam nações diretamente afetadas por quaisquer dos pontos anteriores.

Ficamos desejosos de receber uma resposta célere dos nossos atuais e futuros aliados, face a esta convocatória por um futuro próspero conjunto e a uma paz duradoura na região centro e centro-norte.

Xoxo,

Imperador Heirich e Corpo Diplomático heryae.