by Max Barry

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Region: Novo Brasil

Alissonovia

Aldengrado, Estação Metropolitana de Trem

- Majestade, iremos partir em cinco minutos! - disse o chefe-condutor do expresso TAV, senhor Wilhelm Kurskic, enquanto ajudava o Kraldzer a se localizar na Estação.

- Entendo meu caro... - a mente do monarca estava focada em outro lugar, enquanto ignorava o olhar do condutor. Observava o jeito com que os empregados da Estação Imperial Alijzen V atropelavam o grande número de pessoas com alguns poucos pertences que seriam usados por ele, a Kraldzerina e as duas filhas de Pétar, e a princesa Marija. "É um saco" pensou por fim. Logo após, deu seu primeiro passo a subir no trem.

A tecnologia de alta velocidade dos trens chegara no início do Terceiro Império, por iniciativa privada somada a empresas de Imperio de Jandira, Girania e capital dos bancos de Znatsnaz. Lembrar da pequena crise que aconteceu para regularizar este transporte fez Pétar Karl ter calafrios. Porém, ele já estava assim antes, e noites antes do embarque. "Para Repes", pensou, "para Repes estou indo, ver a confusão de sucessão...".

A kraldzerina Lyna estava no outro vagão, vestindo da cor do luto carregando consigo um pequeno bonsai que ela mesma adquiriu semente em uma visita a Freny. A tradição de levar flores em vasos era significante para os alissenses, e por ser a kraldzerina deles, ela decidiu assumi-la, porém, usava sempre o bonsai que recebeu de bom grado no Oriente. Para ela, aquela árvore era especial. Fora a primeira que ela plantou. "Flores da morte", era assim que eram chamados. Assistiam funerais, porém não eram plantados como as árvores. Para os filhos da Alissonovia, um sinal de boa sorte e lembrança.

A Princesa Marija, ou simplesmente Maria como era dito no Ocidente, estava junto à mãe. É seu dever estar ali, como filha mais velha, enquanto a irmã do meio está em viagem pelo Império representando o Kraldzer. Irá ver sua irmã mais nova, Svetlana. "Como será que está o bebê da família?" pensava zombando. Maria teve seu nome dado em homenagem à imperatriz viúva de Lysandus, sua tia Maria Repesiov. A curiosidade sobre como sua tia estaria encurtaria a viagem para Marija, que embora não gostasse de vários parentes, sabia que nada tinha contra a tia. A única preocupação familiar era ele... Aquela aberração, Viktor, o filho de seu irmão. "Viktor é o herdeiro da Alissonovia, porém não merece tal posto" dizia aos seus serviçais, filhos e à sua irmã Teresa. Não ousara dirigir esses comentários ao Kraldzer seu pai ou sua mãe que tratavam Viktor como a última relíquia dos Luwes-Nicken, sendo ele o perfeito substituto para apaziguar a dor que tinham desde a morte do filho mais velho e herdeiro, Alijzen o pai de Viktor.

O Kraldzer já entrara no vagão principal adaptado para si. Sentado à mesa, avaliou alguns papéis que eram necessários assinar, avaliar ou mesmo vetar. Pertenciam ao Conselho de Estado e precisavam ser vistos. "Nada do dossiê Mianic?" Pensava. Quando observou a hora, sabia que o trem iria começar a andar. Se sentou em um banco especial e rezou A Proteção de Omni. "Omni, guarde-nos agora e na hora do mal", dizia repetidas e respeitosas vezes. O trem começou a andar. Porém em menos de um minuto, parou novamente. "Que merda aconteceu?" dizia observando o tempo chuvoso e frio.

- Majestade! - chamou o condutor-chefe pelo sistema de comunicação. - Tivemos que parar para esperar um passageiro! Voltaremos a seguir em frente em pouco menos de três minutos!

O Kraldzer esbravejou e começou a murmurar.

- Merda de funeral, merda de atraso - e colocou um pouco de vinho exportado de Kingdom of Irhk em seu copo. - Quem será o idiota que está entrando nesse momento? Não sabem por acaso que aqui está o seu Kraldzer? - E procurava nas janelas.

- Desculpe se eu possa o ter incomodado. - a voz do culpado apareceu sóbria e misteriosa na porta de acesso ao quarto.

- Ah... eh... me desculpe eu... Vossa Beatitude... - a voz de Pétar Karl se minimizou ao temor e tremor que sentia ao estar na presença do Diarca do Oriente, Alexandre II.

- Está perdoado perante mim e Omni, meu amigo... - disse, aproximando-se do monarca que já parecia um velho gato assustado.

- Irás para onde, santo homem?

- Para o mesmo lugar que você, a cidade que leva o nome de nosso deus...

Repes, Lysandus, Freny, Venardia, and 2 othersNova brazilis, and Liszteria

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